Como dependemos da tecnologia durante uma aula à distância, existem alguns requisitos
importantes:
Velocidade de internet: Se utilizarmos o Skype, uma internet
de 5Mb dá conta, pensando na necessidade do software (cada programa possui requisitos próprios), legislação de planos de
internet no país que não obrigam as empresas a oferecer 100% da velocidade contratada, e
oscilações de sinal.
Quando em aula, não deixe outras janelas que utilizem internet
abertas no computador, nada de baixar filmes enquanto canta, a menos que tenha
uma belíssima banda larga.
Em meu estúdio, utilizo internet de fibra óptica, com 50MB de velocidade, para entregar a melhor qualidade de som e imagem para meus alunos que estão longe.
Em meu estúdio, utilizo internet de fibra óptica, com 50MB de velocidade, para entregar a melhor qualidade de som e imagem para meus alunos que estão longe.
Áudio: todo som que passa por um microfone é alterado, todo
som que viaja pela internet é compactado e descompactado, existe então, uma
alteração nos harmônicos, e, consequentemente, no som que seu professor vai
ouvir do que você faz.
Para amenizar essa distorção, é vital utilizar microfone de boa
qualidade, com curva de frequência mais plana possível, ter velocidade de
internet boa e cuidar da distância que você fica do microfone.
Ainda, as caixas de som devem estar a uma distância de, pelo
menos, 20 cm do microfone, segundo o Skype, ou seja, microfones embutidos não
são a melhor opção. Caso não seja possível, não deixe o volume muito alto, isso
pode distorcer o som ou causar delay e microfonia. Em último caso, use fones de ouvido (de
boa qualidade, por favor).
Vídeo: Em uma aula presencial eu tenho visão total dos meus
alunos, online não.
Temos que ter uma câmera capaz de um mínimo de visibilidade,
uma Full HD seria ideal.
Um professor americano disse que pede iluminação frontal
para os alunos, iluminação é importantíssimo, não deixe o quarto escuro. Sigo esse conselho com uma luminária posicionada atrás da câmera, isso realmente faz diferença na imagem, é possível perceber muito mais detalhes que numa iluminação normal de sala, com luz no teto.
A distância que você fica não pode ser nem muito grande, nem muito pequena
da câmera, caso contrário não verá nada, e em um ambiente onde o som
transmitido nem sempre é o mais fiel, a imagem pode ajudar bastante. A falta de
uma visão 3D dificulta verificar postura corporal, mas não impede se houver
atenção do aluno.
Questões tecnológicas resolvidas, vamos pensar na aula em si.
Em uma aula de canto, uma hora ou outra (ou sempre) você vai
fazer exercícios vocais e vocalizes.
Online, o delay (diferença de tempo em que eu faço algo e
que o interlocutor recebe a imagem/som do que fiz.) pode chegar a segundos, e
isso impossibilita qualquer treino feito simultaneamente, como tocar para o
aluno cantar, cantar junto, etc..
Para resolver isso, duas formas são utilizadas normalmente:
- Exercícios gravados: Alguns professores gravam exercícios e enviam arquivos para que o aluno os reproduza, e esta forma, segundo muitos professores e eu, não te dá liberdade de trabalhar, você fica preso ao que está gravado, não pode voltar tons, alterar a ordem, trabalhar pontos específicos ou frases isoladas, fica equivalente a treinar com vídeo aulas ou métodos de livros, perde o sentido do professor auxiliando.
- Exercícios alternados: A segunda forma, que dá mais liberdade, exige maior capacidade de afinação e ritmo do aluno, o que é bom, pois força o desenvolvimento, é o professor tocar e o aluno cantar logo em seguida, alternando. um toca, o outro canta, e segue assim durante o treino. Não vejo maiores problemas com essa forma de atuação, apenas é necessário a coordenação correta entre professor e aluno para manter a fluência necessária.
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