Ligados às cartilagens está a musculatura intrínseca da
laringe, ela tem a capacidade de alterar a posição, a forma, a tensão e a
largura das bordas das pregas vocais, mantendo-as juntas separadas, firmes,
frouxas, etc.
Um desses músculos, o tireoaritenóideo (ou TA)
forma o corpo das pregas vocais e é dividido em duas porções, a interna (tireovocal) e a externa (tireomuscular).
O espaço entre as pregas vocais é chamado de glote, e serve como referência de
espaço (já falamos sobre a pressão de ar subglótica, abaixo da glote, por
exemplo nos tópicos sobre RESPIRAÇÃO)
Outros músculos importantes para o canto são os cricotireóides (ou CT) que quando contraídos aproximam as cartilagens tireoide e cricóide, alongando o músculo vocal (TA). Outros músculos importantes são os cricoaritenóideos posteriores (CAP) que têm como função primária abduzir, abrir as pregas vocais, liberando espaço na laringe para a respiração e os cricoaritenóideos laterais (CAL) e aritenóideos (AA) que aduzem, aproximam as pregas para possibilitar a fonação.
O ligamento cricóide se contrai e apróxima as cartilagens, alongando as pregas vocais, que estão na parte interior. |
São os arranjos musculares que vão determinar que tipo de
som está sendo produzido, e será o próximo assunto abordado.
A musculatura extrínseca da laringe por toda a região do pescoço. |
Por fim, a musculatura extrínseca da laringe, controla o
movimento de sobe e desce da laringe no pescoço, isso modifica na qualidade do
som produzido. A tensão em qualquer um
desses músculos pode impedir a livre movimentação da laringe e dificultar ou
impossibilitar a produção sonora.
Ainda encontramos dentro da laringe as falsas pregas vocais (pregas vestibulares),
que são dobras musculares que não produzem som na fala ou canto “normal”, mas
são amplamente utilizadas para distorcer a voz e causar efeitos "guturais", "drives", etc., como se ouve no heavy metal, hard rock, blues, ou mesmo em cantos
folclóricos, como o da Mongólia (veja exemplo abaixo). Assunto abordado pelo Dr. Per Ake Lindestad no simpósio CoMeT, realizado em São Paulo em 2012 e comentado AQUI
Abaixo um vídeo do canto mongol para ilustrar o tipo de som produzido com interferência das pregas vestibulares..
Nenhum comentário:
Postar um comentário