Foi Hirano, em 1970, quem considerou a existência de 3 registros vocais, o registro basal (fry), o modal, subdividido em peito, cabeça e médio (uma combinação dos outros dois) e registro leve (falsete). Em 1974, Hirano apresenta modelo analisando a influência da estrutura da prega vocal na produção do som, distinguindo o músculo e a mucosa (camada maleável que recobre o músculo vocal e vibra com a passagem do ar) e fazendo um elaborado estudo, referencia desde então.
Esquema da prega vocal de Hirano (à esquerda), com corpo (Músculo vocal ) e cobertura (Epitélio e Lamina Propria, camada superficial). Ainda existe uma camada intermediária, de transição (Lamina Propria, camadas intermedária e profunda)
No mesmo ano, o cientista Harry Hollien denominou os registros pulso (fry), modal e elevado (falsete), mas sem excluir a possível existência de outros registros, como o registro flauta (ou assobio, ou whistle)
A teoria osciloimpedancial (1982, Dejonckère) como Hirano, distingue na estrutura da prega vocal um corpo (músculo) e cobertura (mucosa) e a importância dessa diferença na oscilação da prega.
Nos anos 80, o CoMeT (Collegium Medicorum Theatri), organização internacional formada por médicos, cientistas, professores de canto e demais interessados na voz profissional artística (e que em 2012 realizou seu Simpósio em São Paulo) publicou que esses registros vocais não podem ser eliminados, sendo determinados fisiologicamente (gerados a partir de configurações musculares ocorrentes na laringe). Seus efeitos podem ser minimizados os explorados de acordo com o estilo musical cantado.
A teoria osciloimpedancial (1982, Dejonckère) como Hirano, distingue na estrutura da prega vocal um corpo (músculo) e cobertura (mucosa) e a importância dessa diferença na oscilação da prega.
Nos anos 80, o CoMeT (Collegium Medicorum Theatri), organização internacional formada por médicos, cientistas, professores de canto e demais interessados na voz profissional artística (e que em 2012 realizou seu Simpósio em São Paulo) publicou que esses registros vocais não podem ser eliminados, sendo determinados fisiologicamente (gerados a partir de configurações musculares ocorrentes na laringe). Seus efeitos podem ser minimizados os explorados de acordo com o estilo musical cantado.
Agradecimento do CoMeT 2012, realizado em São Paulo
Desde então, cientistas como Ingo Titze (Alemanha) e Johan Sundberg (Suécia), vem publicando estudos cada vez mais elaborados mostrando a relação entre o funcionamento de músculos laríngeos e dos registros vocais, que independem do trato vocal, ressonância, ou qualquer outro fator. A ciência comprova algumas teorias e desmente mitos, como o que dizia que os seios da face (cavidades ocas dentro do crânio) serviam para amplificar o som. A tecnologia cada vez mais avançada, com medições acústicas computadorizadas, ressonâncias magnéticas, câmeras de velocidade ultra rápida ou exames menos invasivos utilizando eletrodos, facilita o estudo e o conhecimento da voz, auxiliando o trabalho dos professores de canto e cantores que resolvem se embrenhar nesse mundo que mistura ciência e arte, como imaginavam os gregos milhares de anos atrás.
O avanço tecnológico realmente faz toda diferença nos estudos da ciência vocal. Fiquei impressionado e só imaginando a oportunidade de ter dados nítidos em relação ao condicionamento intrínseco da laringe independente da disposição do trato vocal.
ResponderExcluirAinda não estamos nesse nível de precisão, mas é questão de tempo. Muita coisa vem aparecendo a cada dia, e isso é demais!!
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